quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

2 X 0 sem sustos

O Capital/DF mostrou que, raramente, dá chutão ou rifa a bola. Bem postado, estava compacto na defesa e nos contra-ataques, mas pouco eficiente na hora do último passe. Fez muitas faltas no começo para parar o jogo e quebrar o ritmo. Bem treinado, o time sempre saía jogando, mostrando sua filosofia, apesar da inferioridade técnica.

Ao Santos faltou mais troca de passes, para iludir, e inversões, para cansar o adversário e achar as brechas. Melhorou no segundo tempo, mas jogou com cautela, para não dar chances ao adversário. A superioridade técnica fez a diferença. Principalmente de Diego, Zé Carlos e Lucas Otávio.

Diferente do termo salto alto, o Santos foi bem. Jogou contra um bom time e o respeitou, pois contra o Criciúma, o Capital já tinha feito boa partida.

Comentaristas caem frequentemente no senso comum e dizem besteiras óbvias, para garantir o bom emprego, sabe-se lá conquistado como. Ouvi o absurdo “não tenho nada o que dizer sobre o Capital”, no intervalo. E tem torcedores que caem nessa...

Ficou evidente também que a equipe do Sportv, designada para a partida, mostrou que estudou os jogadores e foi bem, apesar de algumas inversões. Diferente da ESPN, que enrolou na transmissão do jogo passado, com uma clara deficiência em narrar o jogo e identificar os jogadores.


Está fácil ganhar dinheiro. 

De graça, sem maiores pretensões e ciente (ou não) das minhas falhas, aí vão as minhas considerações individuais:

João Paulo: Pouco exigido. Nem com os pés (no que ele é bom) precisaram dele. No segundo tempo, saiu mal num cruzamento perigoso, aparentemente fácil.

Zé Carlos: Sempre perigoso, joga aberto e sempre dá opção. Nos escanteios contra, fica como arma-secreta para o contra-ataque. Na recomposição, tem papel fundamental e foi bem. Sua bola parada ainda não apareceu. Um dos melhores em campo.

Daniel Guedes: Esteve atento nos contra-ataques do seu lado. Tímido (ou sensato?), pouco apareceu no ataque, teve velocidade, mas ainda está se afobando. Melhorou bastante da última partida. Cobrou um lateral bizarro.

Naílson: Atento, mostrou calma nos desarmes e seriedade e segurança nas antecipações. Foi pouco ao ataque. Já tem gente achando que Gustavo Henrique é passado...

Paulo Ricardo: Seguro, compôs bem a direita, sem sustos. Quase marca no final, mostrando que gosta e entende de subir ao ataque.

Lucas Otávio: Sempre bem posicionado pela direita, faz o time jogar. Boa visão, bom passe, falta ainda certa paciência para rodar a bola. Tem que entender que nem sempre a jogada deve sair por ele. Impressionante como sempre aparece no ataque, com chances de arremate ou assistência.

Fernando Medeiros: Começou mais avançado e demorou para entrar no jogo e achar seu posicionamento. No gol, bela cobrança, mas faltou vibração na comemoração. Fez ótimo passe para Diego fazer o segundo, mas o atacante acertou a trave. Cansou no segundo tempo e foi substituído.

Serginho: Começou mais recuado, invertendo com o Fernando. Tocava e se escondia. Lucas Otávio precisa de alguém mais ligado ao seu lado para iniciar as jogadas.

Diego Santos: Entrou no segundo tempo e assumiu o cargo de volante e organizador. Quebrou o galho dos cansados e foi bem, sem sustos.

Stefano Yuri: Apresentou-se para fazer a parede, deu trabalho. Foi brigador e voluntarioso. Uma bola na trave. Sumiu no segundo. Mostrou-se peça fundamental, pois atrai a marcação e não perde a bola fácil.

Diego Cardoso: Começou discreto e tentou buscar o jogo, recebendo algumas faltas. Inclusive, sofreu pênalty. Estava bem marcado e, talvez por isso, desperdiçou grande chance ao ser fominha. Bem posicionado e movimentando-se, perdeu gol dentro da área que não se pode perder. No segundo tempo, mostrou que queria jogo e foi recompensado com um gol. Depois empolgou e mostrou ousadia para furar a retranca e sem medo de pancada, partiu pra cima, motivado pelo gol e pela torcida.

Matheus Augusto: Teve a chance de entrar e marcar, mas ficou impedido. Mostrou habilidade e velocidade.

Jorge Eduardo: Lento, aceitou a marcação. Pouca participação, parecia desligado. Porém, no segundo gol, mérito total para ele. Ganhou na força, na velocidade e na visão de jogo. Bela assistência/cruzamento. Tem a confiança do técnico.

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