terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Para quem gosta de futebol estéril, o Kashiwa tocou a bola.

1º tempo: Santos começou pressionando. Marcação avançada e atenta nas duas linhas do time japonês, que errava muitos passes. Em oito minutos, de sensação, o Kashiwa virou um “pouco inocente”, segundo o comediantarista da ESPN, Alexandre Oliveira, pelo gol tomado de cabeça, num escanteio. Algo raro no mundo do futebol... E o Kashiwa continou tocando a bola.

Em 10 minutos o time japonês começou a mostrar seu jogo e alugou o meio de campo. Colocou na roda, realmente, mas mostrou que, na verdade, contra um time de verdade, a tática é estéril, pois não chegaram a preocupar o João Paulo.

O Santos recuou demais e ficou esperando os contra-ataques. Os meias não apareceram para a criação, nem para desafogar. E o Kashiwa continuou tocando a bola.

2º tempo: O Kashiwa começou tocando a bola e o Santos assistiu, aguardando o contra-ataque e muito atento na última linha, não dando chances e não se desesperando com faltas ou carrinhos desnecessários. Apesar de tudo, o Kashiwa continuou tocando a bola.

É um time muito bem treinado, mas com um talento discutível para se chegar ao gol. Os santistas provaram que talento não se aprende no Power Point. E que gol, continua sendo o mais importante. No final, “oré, oré, oré, oré”.

Achei estranho o árbitro, nos escanteios, sempre indicar ao jogador, mostrando o apito, que só poderia cobrar após sua autorização. Não está na regra. Algum especialista pode se manifestar?

Vamos às atuações do time que mais fez gol no mundo contra o time que toca a bola. Desculpem as imprecisões.

João Paulo: Seguro em todas as bolas. Sem maiores problemas no primeiro tempo. No segundo, grande defesa em chute perigoso.

Zé Carlos: Limitou-se a marcar. Acho que guardava energias para o segundo tempo, quando é a arma secreta. Assistiu o Kashiwa tocando a bola.
Lucas Otávio: Roubou bolas importantes no início, mas não soube orientar o time diante do bom toque de bola do adversário. Tem um toque de bola refinado e preciso, precisa usar mais isso, sem medo. Na cabeça de área, foi impecável. Saiu aplaudido.



Daniel Guedes: Começou afobado, de novo. Após o gol, fincou o pé na defesa. Displicente em algumas bolas. Fez um golaço no segundo tempo. Aos poucos, vai pegando confiança.
Naílson: Atento ao rápido time adversário, começou bem, marcando de perto e antecipando. Só de olho no Kashiwa tocando a bola, não deu chances.

Paulo Ricardo: Limitou-se a esperar a hora de dar o bote, mas o Kashiwa não chegava até ele, só ficava tocando a bola.

Gustava Eugênio: Entrou no final.


Fernando Medeiros: Muito tímido, deixou muitos buracos no seu setor. Não atacou , não defendeu, nem parece que entrou em campo. Só ficou admirado com o Kashiwa tocando a bola.

Serginho: Sumido, no geral. Nestas partidas que o toque diferenciado tem que aparecer. Porém, fez um golaço num belo chute, que o comediantarista Alexandre Oliveira, da ESPN, insinuou que foi falha do goleiro. Depois, sentiu que tinha falado asneira e tentou amenizar.

Diego Santos: Entrou no final. Pouca participação.

Stefano Yuri: Cabeçada perfeita no primeiro gol. Recebeu poucas bolas, diferente dos outros jogos, mas deixou sua marca. Precisa assistir mais o que o Chulapa fazia. Uma trombada aqui, uma segurada ali...

Diego Cardoso: Começou meio perdido. Sem tempo de bola, abusando da individualidade e querendo decidir. Tem talento pra isso, mas precisa dosar mais e jogar para a equipe.

Matheus Augusto: Sempre tem chance de se consagrar e... chuta fora.

Jorge Eduardo: Começou bem, mas depois ficou muito recuado para fazer a recomposição, às vezes se complicou. Mas mesmo assim foi importante na marcação. Golaço no segundo tempo, de quem sabe chutar. Mais uma vez, o comediantarista da ESPN, sutilmente, colocou na conta do goleiro.
No final, o Kashiwa continuou tocando a bola. Certeza que levaram para casa.

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